Governo federal institui Serviço Biométrico Federal da CIN

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O governo federal deu um importante passo para a implantação da sua Infraestrutura Pública Digital (IPD) de Identificação Civil nesta quinta-feira (13/2). Foi publicada, no Diário Oficial da União (DOU), a resolução Nº 21, da Câmara-Executiva Federal de Identificação do Cidadão (Cefic), que institui o Serviço Biométrico Federal para identificar e verificar biometricamente os requerentes da Carteira de Identidade Nacional (CIN). Até o momento, cerca de 20,3 milhões de CINs já foram expedidas em todo o Brasil.

“Estamos começando a materializar esta infraestrutura, que será fundamental para ofertarmos melhores serviços públicos para as pessoas. Quando falamos que a CIN é um instrumento de cidadania, estamos falando dessa iniciativa”, afirmou o secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Rogério Mascarenhas.

A Cefic, instituída pelo Decreto nº 11.429/2023, tem por finalidade atuar na formulação e controle da execução do Serviço de Identificação do Cidadão (SIC), tanto nos padrões biométricos quanto na formulação da CIN em meio eletrônico. A câmara-executiva atua nos aspectos de normatização e nos procedimentos administrativos, técnicos e de segurança na identificação de pessoas naturais. Além do MGI, atuam na Cefic órgãos como a Casa Civil, Ministério da Saúde (MS), Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e o Ministério da Fazenda (MF).

De acordo com a resolução, os órgãos de identificação dos estados e do Distrito Federal e os órgãos executores do SIC devem utilizar o Serviço Biométrico Federal para o compartilhamento de dados biográficos e biométricos de identificação civil. Isso vai possibilitar, inclusive, a verificação com outras bases biométricas e a emissão das segundas vias da CIN em qualquer unidade da federação.

“Este projeto vai nos possibilitar identificar de forma inequívoca as pessoas. Assim, toda a população será beneficiada, pois será mais fácil o planejamento e desenvolvimento de políticas públicas, como na concessão de benefícios como o Bolsa-Família, BPC e no INSS”, acrescentou o secretário. Ainda segundo a resolução, o plano de implantação desse serviço será instituído pela Cefic no prazo de até 90 dias. Esse documento será elaborado no âmbito de seus Grupos de Trabalhos Técnicos da câmara-executiva.

Infraestrutura Pública Digital

Uma IPD é um conjunto de sistemas digitais compartilhados que devem ser seguros e interoperáveis. Esses sistemas podem ser construídos a partir de especificações e padrões abertos, para ofertar acesso equitativo a serviços públicos e privados. Um possível exemplo de utilização por serviços privados será na busca de uma pessoa por empréstimos em bancos.

A IPD de Identificação Civil, estabelecida pelo Decreto 12.069/24, e em implantação pelo governo, utilizará a base de dados da CIN e a identificação em meios digitais a partir do GOV.BR, que atualmente possui mais de 164 milhões de usuários e possibilita o acesso a mais de 4.500 serviços. Além disso, essa IPD terá dois fundamentos. O primeiro é o do minimalismo, pois somente os dados de identificação serão utilizados. Já o segundo é o da privacidade, para garantir toda segurança da informação.

Vantagens da CIN

Entre as vantagens da CIN está o padrão nacional e o número único para todo o país. Isso acaba, por exemplo, com a possibilidade de uma pessoa emitir diversas carteiras de identidade em cada uma das 27 unidades da federação, pois o número do CPF passa a ser o registro nacional do brasileiro. Desta forma, o cidadão ou cidadã continuará com o mesmo número de identificação em qualquer estado, o que amplia a segurança do documento.

Fonte: Tiinside.com

Autor

  • Jornalista especializado em Defesa e Segurança (MTB 37358/RJ), veterano militar e ex-integrante de unidades especiais, com sólida atuação na cobertura de atividades das Forças Armadas brasileiras. Possui formação complementar em Estágios de Correspondente para Assuntos Militares, realizados pelo Exército Brasileiro em diferentes biomas, além de capacitações no COPPAZNAV (Marinha do Brasil) e no CCOPAB (Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil), voltadas à cobertura em áreas de conflito. Atualmente aplica seus conhecimentos técnicos na produção de conteúdos jornalísticos realistas e acessíveis sobre o ambiente operacional das tropas, contribuindo para a valorização e compreensão da importância das Forças Armadas pelo público civil. Em 2011, deixou os registros de lado para atuar diretamente no desastre da Região Serrana do RJ, realizando mapeamentos e coordenando informações em áreas isoladas, o que lhe rendeu uma Moção de Reconhecimento da Câmara de Vereadores de Sumidouro-RJ. Diretor de Conteúdo Audiovisual da Defesa TV e Defesa em Foco, é responsável por reportagens e documentários que aproximam a sociedade dos bastidores da Defesa Nacional.

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