A Batalha de Montese, um dos mais difíceis combates travados pela Força Expedicionária Brasileira (FEB) contra os nazistas na Itália, completa 80 anos nesta segunda-feira, 14 de abril. Há 80 anos, os pracinhas, incluindo militares da atual 2ª Divisão de Exército (2ª DE), venceram a resistência alemã e escreveram uma das páginas mais gloriosas da FEB naquela campanha.
O início das ações em Montese foi com a Artilharia. Houve uma intensa preparação de fogos, que antecedeu o avanço das tropas. A FEB enfrentou obstinada resistência. Após terem sido repelidos pela Infantaria brasileira, os alemães ainda persistiram durante quatro jornadas com um impetuoso bombardeio às posições brasileiras já conquistadas, até transformar a pequena vila de Montese em um amontoado de escombros.
De 14 a 18 de abril, a FEB consolidou sua conquista em Montese. Foi um combate sangrento, que resultou em 426 baixas brasileiras, um sacrifício que garantiu uma vantagem tática aos aliados e enfraqueceu, ainda mais, as resistências nazifascistas, permitindo o avanço dos aliados na sequência do combate.
Sargento Max Wolf
Às vésperas da Batalha de Montese, o Sargento Max Wolf, um dos ícones da FEB, faleceu durante uma patrulha. No dia 12 de abril de 1945, Max Wolf partiu com seus homens de Monteporte rumo ao ponto cotado 747, ação cujo objetivo era importante nos planos para a conquista de Montese.
Ao se aproximarem de um casario, o líder da patrulha tomou a frente para alcançar uma elevação, quando foi atingido por duas rajadas seguidas de metralhadoras.
2ª Divisão de Exército na FEB
Integraram a FEB militares do 6º Batalhão de Infantaria Aeromóvel (então 6º Regimento de Infantaria), do 20º Grupo de Artilharia de Campanha Aeromóvel (então III Grupo 105 FEB), o 1º Esquadrão de Cavalaria Aeromóvel (então 1º Esquadrão de Reconhecimento) e o 37º Batalhão de Infantaria Mecanizado (então III/6º RI), todas unidades da atual 2ª Divisão de Exército, subordinada ao Comando Militar do Sudeste (CMSE).
Na Batalha de Montese, atuaram militares do 6º Regimento de Infantaria.
Força Expedicionária Brasileira
Entre os anos de 1944 e 1945, mais de 25 mil militares da Força Expedicionária Brasileira (FEB) cruzaram o Oceano Atlântico para se juntar ao esforço Aliado no combate ao totalitarismo na Europa. O Brasil foi o único país latino-americano a enviar tropas para combater durante o maior conflito armado da história da humanidade, a Segunda Guerra Mundial.
A cobra fumou! Pracinhas eternos!
FEB 80 anos – Heróis sempre lembrados!
(Com informações do Centro de Comunicação Social do Exército)