Nos dias 27 e 28 de maio, Florianópolis sediou o 8º Simpósio de Ajuda Humanitária, reunindo Forças Armadas, Defesa Civil e instituições civis para fortalecer a preparação e a resposta integrada a desastres naturais. O evento, promovido pela 14ª Brigada de Infantaria Motorizada e pela Defesa Civil de Santa Catarina, destacou o papel estratégico da cooperação interagências diante do aumento de eventos climáticos extremos.
União de esforços: cooperação é a chave para enfrentar tragédias naturais
O crescente impacto dos eventos climáticos extremos no Brasil, como evidenciado pelas enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, tem exigido respostas mais coordenadas e eficientes. Nesse contexto, a 14ª Brigada de Infantaria Motorizada (14ª Bda Inf Mtz), em conjunto com a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina, promoveu, nos dias 27 e 28 de maio de 2025, o 8º Simpósio de Ajuda Humanitária, em Florianópolis (SC).
O evento ocorreu no Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CIGERD) e reuniu representantes das Forças Armadas, da Defesa Civil, de órgãos federais, estaduais, municipais e de organizações da sociedade civil, promovendo integração e capacitação em gestão de riscos e resposta a emergências.

Simulação realista: aprendizado sob pressão
Um dos pontos altos do simpósio foi a simulação de um desastre natural em larga escala, baseada em situações reais vividas em Santa Catarina. O cenário envolvia a ocorrência simultânea de ciclone-bomba, inundações, deslizamentos e o isolamento de municípios, exigindo respostas integradas dos níveis municipal, estadual e federal, com papel ativo das Forças Armadas.
Durante a atividade, os participantes exercitaram:
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Emissão de alertas e comunicação de risco
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Coordenação de operações entre agências
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Atendimento a populações vulneráveis
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Restabelecimento de serviços essenciais
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Combate à desinformação
Essa experiência permitiu avaliar a interoperabilidade e a capacidade de resposta real das instituições envolvidas, promovendo a correção de falhas e o aprimoramento de protocolos.
Ambiente operacional: dimensões física, humana e informacional
O simpósio foi estruturado com base em três pilares:
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Física – Infraestruturas, logística e meios empregados em desastres.
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Humana – Capacitação, liderança e voluntariado.
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Informacional – Sistemas de alerta, comunicação estratégica e combate à desinformação.
Cada instituição participante compartilhou casos de sucesso e experiências operacionais, enriquecendo o conhecimento coletivo e fortalecendo o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.
A Força de Ajuda Humanitária da 14ª Bda Inf Mtz também teve sua atuação destacada, demonstrando seu alinhamento com as diretrizes do Exército Brasileiro para apoio à população civil em situações de calamidade pública.
Lideranças destacam o valor da integração
A cerimônia de abertura contou com as presenças do:
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General de Divisão Ricardo José Nigri, Comandante da 5ª Divisão de Exército
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General de Brigada Gelson de Souza, Comandante da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada
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Mário Hildebrandt, Secretário Estadual da Proteção e Defesa Civil de SC
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Professor Dr. Masato Kobiyama, especialista em desastres naturais pela UFRGS
Todos reforçaram a urgência da cooperação entre as instituições para enfrentar os desafios cada vez mais frequentes decorrentes das mudanças climáticas.
“É na preparação conjunta que conseguimos salvar vidas em momentos de crise”, afirmou o General Nigri.
Antecipação, resposta e reconstrução: um ciclo que exige preparo contínuo

O 8º Simpósio de Ajuda Humanitária se consolida como um marco na integração civil-militar para a gestão de riscos de desastres. A atividade demonstra que o enfrentamento de tragédias naturais depende não apenas de equipamentos e protocolos, mas também da sinergia entre as instituições e do comprometimento com o bem comum.
O evento reforça que ajuda humanitária eficaz começa antes da tragédia, com planejamento, capacitação e solidariedade interinstitucional.
Editorial Defesa TV