A Importância de Pensar como um Preparador: Lições do Apagão na Europa

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Na última semana, um apagão de grandes proporções atingiu a Península Ibérica, afetando milhões de pessoas em Portugal e Espanha. A interrupção no fornecimento de energia elétrica causou caos nos transportes, falhas nas comunicações e uma corrida desenfreada aos supermercados, resultando no esgotamento de itens essenciais como água e alimentos enlatados.

Esse evento evidenciou a vulnerabilidade das sociedades modernas diante de crises inesperadas e ressaltou a importância de estar preparado para situações de emergência.

O Conceito de “Prepper” e a Preparação para Emergências

Os “preppers” são indivíduos que se dedicam a se preparar para possíveis situações de crise, como desastres naturais, pandemias ou colapsos sociais. A filosofia prepper envolve o acúmulo de suprimentos essenciais, o desenvolvimento de habilidades de sobrevivência e a criação de planos de contingência para garantir a segurança e o bem-estar em momentos críticos.

No Brasil, embora o termo “prepper” ainda não seja amplamente conhecido, muitas famílias já adotam práticas semelhantes, como estocar alimentos e água, manter kits de primeiros socorros e planejar rotas de evacuação.

A Recomendação da União Europeia: Mochila de Emergência de 72 Horas

Mochila de 72 horas

Diante dos recentes eventos, a União Europeia recomendou que todos os cidadãos mantenham em casa uma mochila de emergência capaz de sustentar uma pessoa por pelo menos 72 horas. Essa medida visa garantir que, em caso de interrupções nos serviços essenciais, as pessoas possam sobreviver até que a situação seja normalizada.

Itens Essenciais para a Mochila de 72 Horas:

  • Água potável: mínimo de 3 litros por pessoa por dia.

  • Alimentos não perecíveis: barras energéticas, enlatados, alimentos desidratados.

  • Kit de primeiros socorros: medicamentos básicos, bandagens, antissépticos.

  • Lanterna e pilhas extras.

  • Rádio portátil: preferencialmente a pilha ou manivela.

  • Documentos importantes: cópias de identidade, cartões de saúde, contatos de emergência, informações sobre os seus remédios.

  • Dinheiro em espécie: em caso de falhas nos sistemas eletrônicos de pagamento.

  • Roupas extras, cobertores térmicos e capa de chuva.

  • Ferramentas multifuncionais: canivete, abridor de latas, etc.

  • Itens de higiene pessoal: sabonete, papel higiênico, escova de dentes.

  • Máscaras e álcool em gel.

  • Kit pronto para gerar fogo.
  • Mapa do Estado detalhados e com pontos d’água.

É importante que cada membro da família, incluindo animais de estimação, tenha sua própria mochila personalizada de acordo com suas necessidades específicas.

A Comunidade Prepper no Brasil

Embora o governo brasileiro ainda não tenha adotado políticas públicas voltadas para a preparação individual em situações de emergência, a comunidade prepper no país tem crescido significativamente. Grupos organizados por estado compartilham informações, dicas e estratégias para enfrentar possíveis crises.

Um exemplo é o grupo nacional no WhatsApp, que reúne membros de todo o Brasil e até de outros países, promovendo a troca de experiências e atualizações sobre práticas de preparação.

Preparadores Brasil: https://chat.whatsapp.com/FDrw4FghRWsL6aLkXquvMU

O apagão na Europa serve como um alerta para a importância da preparação individual e coletiva diante de possíveis crises. Adotar práticas preppers não significa viver com medo, mas sim estar consciente e preparado para proteger a si mesmo e à sua família em momentos de adversidade.

Investir tempo e recursos na montagem de uma mochila de emergência de 72 horas é um passo fundamental para garantir segurança e tranquilidade em situações inesperadas.

Editorial Defesa TV

Autor

  • Jornalista especializado em Defesa e Segurança (MTB 37358/RJ), veterano militar e ex-integrante de unidades especiais, com sólida atuação na cobertura de atividades das Forças Armadas brasileiras. Possui formação complementar em Estágios de Correspondente para Assuntos Militares, realizados pelo Exército Brasileiro em diferentes biomas, além de capacitações no COPPAZNAV (Marinha do Brasil) e no CCOPAB (Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil), voltadas à cobertura em áreas de conflito. Atualmente aplica seus conhecimentos técnicos na produção de conteúdos jornalísticos realistas e acessíveis sobre o ambiente operacional das tropas, contribuindo para a valorização e compreensão da importância das Forças Armadas pelo público civil. Em 2011, deixou os registros de lado para atuar diretamente no desastre da Região Serrana do RJ, realizando mapeamentos e coordenando informações em áreas isoladas, o que lhe rendeu uma Moção de Reconhecimento da Câmara de Vereadores de Sumidouro-RJ. Diretor de Conteúdo Audiovisual da Defesa TV e Defesa em Foco, é responsável por reportagens e documentários que aproximam a sociedade dos bastidores da Defesa Nacional.

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