A reunião englobou a governança inclusiva e o papel do setor espacial no desenvolvimento global. Além da necessidade de reduzir assimetrias tecnológicas entre os países, promover diretrizes para a sustentabilidade das atividades espaciais e expandir a colaboração no uso pacífico do espaço.
A Agência Espacial Brasileira (AEB) sediou a primeira reunião com os líderes espaciais do BRICS, a fim de apresentar as prioridades e a agenda da Presidência Brasileira do BRICS em 2025, especificamente na temática espacial.
Com o tema “Fortalecendo a cooperação do Sul Global para uma governança inclusiva e sustentável”, as reuniões do BRICS refletem a importância do grupo não somente na economia, mas na promoção da diversidade e a governança global mais inclusiva.
A reunião contou com a participação de agências espaciais da China, Rússia, Índia, Egito, Etiópia, entre outros países membros do BRICS | Foto: Divulgação AEB
No início da reunião, o presidente da AEB, Marco Antonio Chamon, ressaltou a evolução da cooperação no setor. Como, por exemplo, as discussões iniciais do Acordo de Cooperação para a Constelação de Satélites de Sensoriamento Remoto do BRICS, assinado em agosto de 2021, e da criação do Comitê Conjunto de Cooperação Espacial do BRICS em 2022. O Brasil propôs usar esse acordo para monitoramento do desmatamento na Amazônia, incentivando projetos semelhantes entre os membros.
“Iniciamos hoje os trabalhos junto às agências espaciais que compõem o BRICS. O Brasil é presidência do BRICS este ano e nós pretendemos levar adiante o desenvolvimento de projetos que permitam ampliar a influência do grupo no mundo por meio da tecnologia espacial”, disse Chamon.
Além disso, foi enfatizada a necessidade de reduzir assimetrias tecnológicas entre os países, promover diretrizes para a sustentabilidade das atividades espaciais e expandir a colaboração no uso pacífico do espaço. Também foram apresentados planos de trabalho e procedimentos para reuniões futuras, incluindo o encontro presencial em Brasília, previsto para abril de 2025.
Na oportunidade, o representante da National Research and Innovation Agency of Indonesia (BRIN), fez uma apresentação das principais atividades espaciais da Indonésia, recém-incorporada ao grupo e houve espaço de fala para os outros países que estavam na reunião.
A reunião contou com a participação de representantes das agências espaciais da África do Sul, da China, do Egito, dos Emirados Árabes, da Etiópia, da Índia, da Indonésia e da Rússia. Além de um representante do Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Sobre o BRICS
O BRICS, atualmente, é formado por onze economias emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. O grupo foi criado para promover cooperação econômica, política e social entre essas nações, que juntas representam uma parte significativa da economia global e da população mundial.
Sob o tema “Fortalecendo a cooperação do Sul Global para uma governança inclusiva e sustentável”, a presidência do governo brasileiro no BRICS em 2025 se concentrará em seis áreas prioritárias: Cooperação em Saúde Global; Comércio, Investimentos e Finanças; Mudança do Clima; Governança da Inteligência Artificial; Arquitetura Multilateral de Paz e Segurança; e Desenvolvimento Institucional do BRICS.
Sobre a AEB
A Agência Espacial Brasileira (AEB), órgão central do Sistema Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais (SINDAE), é uma autarquia pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável por formular, coordenar e executar a Política Espacial Brasileira.
Desde a sua criação, em 10 de fevereiro de 1994, a Agência trabalha para viabilizar os esforços do Estado Brasileiro na promoção do bem-estar da sociedade, por meio do emprego soberano do setor espacial.
As informações são do BRICS Brasil.