Nos dias 6 e 7 de julho de 2025, o Rio de Janeiro sediará a XVII Reunião da Cúpula do BRICS, com a presença de chefes de Estado, delegações dos países-membros e representantes de organizações internacionais para debater temas como economia, sustentabilidade e segurança. Durante o evento, as Unidades de Operações Especiais da Marinha do Brasil (MB) — Comandos Anfíbios (COMANF) e Mergulhadores de Combate (MEC) — atuarão em ações coordenadas para mitigar riscos e assegurar a proteção das atividades previstas.
Essas Unidades especializadas participaram de todos os grandes eventos realizados no Rio de Janeiro, desde a ECO-92, incluindo a Rio+20, a 5ª edição dos Jogos Mundiais Militares (2011), a Jornada Mundial da Juventude (2013), a Copa do Mundo (2014), os Jogos Olímpicos (2016) e, mais recentemente, a Cúpula do G20 (2024).
“Esse emprego episódico e temporário tem o propósito de contribuir com a segurança no Rio de Janeiro, atuando de forma integrada com órgãos das diferentes esferas do poder público, a fim de garantir um ambiente seguro para a população da capital fluminense e para os representantes dos países que participarão das atividades do BRICS”, afirmou o Comandante Naval de Operações Especiais, Contra-Almirante (Fuzileiro Naval) Stewart da Paixão Gomes.
COMANF: versatilidade em cenários complexos
O Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (BtlOpEspFuzNav) é peça-chave na segurança do evento. Especializados em operações de alta complexidade, os militares estão capacitados para atuar em ações de contraterrorismo e respostas rápidas a ameaças assimétricas.
Durante a preparação para a Cúpula do BRICS, os treinamentos no BtlOpEspFuzNav focam em combate aproximado e em ambientes confinados, essencial para atuar nos locais que receberão as delegações, tais como hotéis e centros de convenções.
Durante os preparativos para o evento, os treinamentos foram direcionados para combate aproximado e atuação em ambientes confinados, como hotéis e centros de convenções. Também são empregados em ações apoiadas por helicópteros e veículos blindados, como a Viatura Blindada Leve sobre Rodas 4×4 “JLTV”, além de contarem com atiradores de precisão para proteção das delegações.
MEC: vocacionados para o mar
O Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC) atua nas mais diversas áreas em que a Marinha do Brasil se faz presente, seja no patrulhamento ou reconhecimento dos ambientes operacionais brasileiros, conduzindo ações de Interdição Marítima e retomada e resgate de reféns, instalações ou meios flutuantes, como navios e plataformas de petróleo.
Para atuação na Cúpula do BRICS 2025, o GRUMEC está intensificando adestramentos em técnicas de ação direta e de abordagem de navios e pequenas embarcações, essenciais para neutralizar ameaças que venham do mar.
Além disso, os MEC são especialistas na identificação e desativação de artefatos explosivos, especialmente em ambientes subaquáticos, capacidade fundamental para garantir a segurança de infraestruturas críticas marítimas e para a varredura de locais próximos aos eventos, como portos, fundeadouros e instalações costeiras do Rio de Janeiro.
Comprometimento e cooperação
Sob coordenação do Ministério da Defesa, a MB cumpre sua missão constitucional de empregar o Poder Naval na defesa da Pátria, na garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, e no apoio à Política Externa.
Durante a Cúpula do BRICS 2025, o GRUMEC, o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais (BtlOpEspFuzNav) e outras organizações militares da Marinha integrarão a Operação “REDENTOR”, conforme estabelecido na Portaria GM-MD nº 1.963, de 6 de maio de 2025.
No último dia 17, a MB, o Exército Brasileiro (EB), a Força Aérea Brasileira (FAB) e o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro realizaram, no Forte de Copacabana, um exercício conjunto de demonstração operacional. A simulação envolveu cenários de ameaças nucleares, biológicas, químicas e radiológicas, testando a capacidade de resposta interagências.
Entre as ações simuladas, destacou-se o processo de descontaminação, que incluiu o isolamento da área, a proteção de possíveis vítimas e a análise de materiais suspeitos. Participaram da atividade cerca de 140 militares e agentes do Corpo de Bombeiros, 11 viaturas e equipamentos especializados, como detectores e materiais de descontaminação.
O BRICS
O BRICS é um agrupamento formado por onze países-membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Serve como foro de articulação político-diplomática de países do Sul Global e de cooperação nas mais diversas áreas.
Os objetivos do BRICS incluem fortalecer a cooperação econômica, política e social entre seus membros, bem como promover um aumento da influência dos países do Sul Global na governança internacional. O grupo busca melhorar a legitimidade, a equidade na participação e a eficiência das instituições globais, como a ONU, o FMI, o Banco Mundial e a OMC. Além disso, visa impulsionar o desenvolvimento socioeconômico sustentável e promover a inclusão social.
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