Em uma ação coordenada no contexto da Operação Ágata, cães de guerra do Exército Brasileiro demonstraram mais uma vez sua eficácia no combate ao crime transfronteiriço. No dia 3 de junho, uma equipe do 34º Batalhão de Infantaria Mecanizado, em conjunto com agentes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), apreendeu 10,385 kg de haxixe em um ônibus interestadual que trafegava pela BR-277, nas proximidades de Santa Terezinha de Itaipu (PR), região próxima a Foz do Iguaçu.
Atuação dos Cães de Guerra e Prisão em Flagrante
Durante uma inspeção rotineira no bagageiro de um ônibus que seguia do oeste do Paraná para o estado de São Paulo, os cães militares identificaram duas malas com odor suspeito. Após verificação das bagagens e identificação das passageiras responsáveis — duas mulheres de 18 e 26 anos —, os militares e agentes federais encontraram diversos pacotes de haxixe, cuidadosamente embalados em fita plástica.
Segundo as autoridades, a carga da droga foi avaliada em mais de R$ 600 mil. As duas suspeitas foram presas em flagrante e conduzidas à Delegacia da Polícia Federal em Foz do Iguaçu, onde permanecem à disposição da Justiça.
Operação Ágata: Estratégia Integrada de Defesa de Fronteira
A apreensão ocorreu no âmbito da Operação Ágata, iniciada em 2 de junho sob a coordenação da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada. A operação abrange a faixa de fronteira entre o Brasil, Argentina e Paraguai, em trechos dos estados do Paraná e Santa Catarina, entre os municípios de Itapiranga (SC) e Guaíra (PR).
A Operação Ágata é parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), uma iniciativa interagências que envolve o Ministério da Defesa, Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e órgãos estaduais e municipais. Seu foco principal é o combate aos crimes transfronteiriços, como tráfico de drogas e armas, contrabando, descaminho e crimes ambientais.
Importância do Emprego de Cães de Guerra
O uso de cães farejadores pelo Exército tem se mostrado fundamental nas ações de fiscalização e repressão ao tráfico de drogas. Treinados para detecção de substâncias ilícitas, esses animais atuam como sensores biológicos de alta precisão, sendo decisivos em operações de revista e inspeção de veículos, cargas e bagagens.
Além de operações de combate ao tráfico, os cães de guerra do Exército também são empregados em missões de busca e salvamento, patrulhas e ações de controle de distúrbios.
Combate Efetivo e Integração entre Forças
A ação conjunta na BR-277 reflete a eficácia da integração entre as Forças Armadas e os órgãos de segurança pública. Esse modelo de atuação tem gerado resultados expressivos na redução dos fluxos ilícitos em regiões de fronteira, consideradas áreas críticas para o tráfico de drogas e outros crimes organizados.
As operações seguem nos próximos dias, com foco na intensificação do controle sobre rodovias, estações de transporte e pontos sensíveis da fronteira, com uso de recursos tecnológicos, drones, inteligência de segurança e, como neste caso, o eficaz trabalho dos cães de guerra do Exército.
Editorial Defesa TV
