Boa Vista (RR) – Em uma importante ação humanitária, o Comando Operacional Conjunto Catrimani II, integrado por Forças Armadas e agências civis, executou com sucesso a evacuação aeromédica noturna de um indígena ferido na Terra Indígena Yanomami. A operação ocorreu no ano passado, destacando a capacidade técnica e o engajamento interinstitucional da Operação Catrimani II.
Resumo da Missão
No interior da Terra Indígena Yanomami, um indígena sofreu ferimentos graves e necessitou de transporte imediato para unidade hospitalar. Foi mobilizado um helicóptero Black Hawk da Força Aérea Brasileira, equipado com óculos de visão noturna (NVG), que possibilitaram pouso e decolagem seguros em um campo não iluminado em Surucucu.
Etapas da Evacuação
-
Localização do paciente pela equipe interagências já presente na TI Yanomami.
-
Embarque noturno do indígena no helicóptero, em condições adversas.
-
Transporte até Boa Vista (RR), com cuidados médicos a bordo.
-
Entrega ao Hospital da Criança Santo Antônio, via ambulância do SAMU.
A operação foi realizada com agilidade e precisão, reforçada pela utilização de NVG, que ampliam a luminosidade natural em até 50.000 vezes, garantindo segurança para pouso e decolagem em local sem infraestrutura.
Capacidades Técnicas e Interoperacionais
-
Helicóptero Black Hawk (H-60) do 7º/8º Grupo de Aviação (Esquadrão Harpia) – nível avançado de prontidão para EVAM QBRN e resgates noturnos.
-
NVG – essencial para operações em locais sem iluminação ou instrumentos, garantindo precisão e segurança.
-
Tripulação médica especializada e equipes SAR (Search and Rescue) a bordo.
-
Ações integradas entre FAB, Exército, Marinha, Funai e DSEI‑Leste.
Integração Civil-Militar na Amazônia
A missão evidencia o compromisso das Forças Armadas em missões humanitárias e a cooperação com órgãos civis. Além do resgate de vítimas, a Operação Catrimani II conduz atividades de combate ao garimpo ilegal, apoio à saúde indígena e desintrusão, conforme a Portaria GM‑MD nº 1511/2024.

Impacto e Importância Estratégica
-
Salvar vidas: atuação rápida em situações potencialmente fatais.
-
Aprimorar capacidade operacional: cenário de selva, noite, campo improvisado.
-
Reforçar soberania e presença do Estado: assistência humanitária e combate a ilícitos em território indígena.
-
Exibir interoperabilidade moderna entre Forças Armadas e instituições civis.
Próximas Frentes e Sustentabilidade
A expectativa é que novas operações como essa se tornem rotina no enfrentamento de emergências na Amazônia. O plano inclui monitoramento permanente da TI Yanomami, ações médicas antecipadas, integração contínua entre esferas governamentais e uso tecnológico de ponta — fortalecendo a segurança e a saúde das comunidades indígenas.
Editorial Defesa TV