Rio de Janeiro, 11 de junho de 2025 – Em um movimento estratégico, o Instituto de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (IDQBRN) do Exército Brasileiro promoveu em maio de 2025 um curso pioneiro para capacitar tanto militares quanto profissionais civis na resposta a emergências envolvendo agentes QBRN. A iniciativa reforça a integração interinstitucional e o compromisso com a segurança nacional.
Contextualização do curso
O evento, com duração de duas semanas, foi dividido entre modalidade EaD e prática presencial. Participaram militares do Exército (IDQBRN, 1º Batalhão DQBRN, Centro Tecnológico do Exército, 5º Centro de Geoinformação, Escola de Instrução Especializada), além de civis — alunos e professores do Instituto Militar de Engenharia — e profissionais do Hospital da Força Aérea do Galeão e do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro.
Estrutura e objetivos do treinamento
1. Fase teórica (EaD)
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Fundamentos do Sistema DQBRN do Exército Brasileiro
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Princípios de proteção individual e coletiva
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Métodos de identificação e amostragem de agentes QBRN
2. Fase prática (presencial)
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Treinamento em EPIs e manuseio seguro de agentes
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Coleta e custódia de amostras
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Procedimentos de descontaminação
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Atendimento a vítimas e condução de simulação operacional
Essas etapas fortalecem a capacidade de resposta rápida, estruturada e em conjunto entre as forças militares e a sociedade civil.
Interoperabilidade: integração entre organizações
A participação conjunta de Exército, IME, Força Aérea, Corpo de Bombeiros e outras entidades civis evidencia um esforço coordenado de Cooperação Civil‑Militar (CIMIL). Esse tipo de treinamento se insere na doutrina moderna de defesa, que reconhece o valor do apoio mútuo e da articulação interagências em situações de crise.
Inovação no ensino de defesa
Pela primeira vez no IDQBRN, o curso utilizou uma abordagem mista — combinando Ensino a Distância com atividades presenciais —, tornando a formação mais flexível e eficaz. Essa metodologia permitiu a transferência de conhecimento com mais agilidade e ofereceu vivência real com equipamento de proteção e cenários simulados.
Impacto estratégico e soberania
O curso representa um fortalecimento da capacidade do Exército de atuar em situações de risco químico, biológico, radiológico ou nuclear, reforçando sua função subsidiária ao Estado brasileiro e à população. A proficiência adquirida pelos participantes garante uma resposta organizada, rápida e técnica a crises, contribuindo decisivamente para a segurança nacional.
Próximos passos e continuidade
Com a criação de multiplicadores entre os participantes, a expectativa é que unidades de diferentes comandos possam replicar o conhecimento, ampliando a rede de resposta QBRN pelo país. Futuras etapas devem incluir simulações em larga escala e intercâmbio internacional com países que possuem expertise consolidada no tema. Isso trará ganhos em especialização, interoperabilidade e resiliência institucional.
Fonte: Exército Brasileiro
Editorial Defesa TV