Marinha do Brasil conclui com sucesso a operação ADEREX AERNAV/Lançamento de Armas-II/2025

Data:

A Marinha do Brasil concluiu, no último sábado, dia 3, a operação “ADEREX AERNAV/Lançamento de Armas-II/2025”, realizada entre os dias 28 de abril e 3 de maio, na área marítima compreendida entre Ilha Grande (RJ) e Cabo Frio (RJ). A missão teve como objetivo elevar o grau de adestramento dos meios navais e aeronavais da Esquadra, contribuindo para a capacidade operativa e expedicionária da Força Naval.

Conduzida pelo Comando da 2ª Divisão da Esquadra, a operação envolveu mais de 1.500 militares embarcados em diversos navios e aeronaves. Segundo o Comandante da 2ª Divisão da Esquadra, também Comandante do Grupo-Tarefa, Contra-Almirante Sérgio Blanco Ozório, a ADEREX é uma das operações mais importantes para o adestramento da Esquadra. “Ao longo de um curto período, realizamos operações intensas, principalmente voltadas para a qualificação do pessoal”, ressaltou o Almirante.

Ao longo da semana, foram realizados diversos exercícios, incluindo qualificação e requalificação de pilotos para pouso embarcado, controle aéreo de interceptação, transferência de carga leve, manobras em formatura e tiros com canhões, inclusive noturnos. As ações também simularam ataques a alvos de superfície e submarinos, além de defesa contra ameaças múltiplas e operações logísticas no mar.

O Comandante em Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Antonio Carlos Cambra, destacou que os exercícios abrangeram diversos aspectos fundamentais da guerra naval. “Tivemos exercícios de guerra submarina, com a participação de submarino da classe ‘Riachuelo’, e operações aéreas de longa duração com o Navio-Aeródromo Multipropósito ‘Atlântico’. O ‘Atlântico’ também participou de eventos relacionados à projeção de poder sobre terra”, afirmou.

Ele ressaltou ainda a execução de lançamentos reais de armas, como o míssil superfície-ar “Aspide”, a partir da Fragata “Independência”, além do emprego de canhões de 4,5 polegadas e de 40 mm. “São diversos exercícios que treinam todos os aspectos de um navio de guerra e de uma força-tarefa no mar, além dos adestramentos internos de controle de avaria e navegação, que testam os procedimentos das diversas equipes de bordo”, completou.

Integração entre os meios

A ADEREX evidenciou o elevado grau de integração entre os diferentes navios e aeronaves da Marinha. Participaram da missão o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, as Fragatas “União”, “Independência” e “Liberal”, além do Submarino “Riachuelo”. Os meios realizaram exercícios de guerra antissubmarino, ataque aéreo e apoio logístico no mar. Seis aeronaves de asa rotativa participaram das ações embarcadas, operando em conjunto com os navios e ampliando a capacidade de resposta da Força em múltiplos eixos de combate e apoio.

Segundo o Comandante em Chefe da Esquadra, a coordenação de todos esses meios exige um preparo logístico bem estruturado. “Os desafios logísticos são desafios que fazem parte de uma força pronta e adestrada. Caso necessite, ela estará pronta para atuar dentro da sua tarefa constitucional de contribuir para a defesa da Pátria ou em ações de apoio ao Estado, seja em ações no exterior ou aqui na nossa Amazônia Azul”, afirmou.

Retorno do “Atlântico” ao mar e emprego dos Fuzileiros Navais

A Operação marcou o retorno do NAM “Atlântico” às atividades no mar, após um período de reparos, e foi fundamental para o adestramento de sua tripulação. Durante a missão, foram realizados exercícios essenciais, como controle de avarias (CAV) e fundeio. De forma inédita, também foram conduzidas operações aéreas contínuas, com o objetivo de alcançar plena capacidade de atuação durante 24 horas ininterruptas.

“O ‘Atlântico’ está realizando atividades aéreas de forma a ter plena capacidade de operação durante 24 horas. Isso é um grande ganho que estamos obtendo”, comentou o Comandante do Grupo-Tarefa.

O navio também foi protagonista nas operações anfíbias conduzidas durante a missão, atuando como plataforma de desembarque para um destacamento de Fuzileiros Navais. A bordo do “Atlântico”, os militares realizaram atividades como o embarque em aeronaves, movimentações aéreas, desembarque de viatura operativa para Embarcação de Desembarque de Viatura e Pessoal (EDVP) e, de forma inédita, o casamento do pontão, uma plataforma flutuante, com a Embarcação de Desembarque de Carga Geral (EDCG). Essa integração possibilitou a ampliação da capacidade do navio no desembarque de tropas e material de Fuzileiros Navais.

Essas ações permitiram aos Fuzileiros Navais uma maior familiarização com o ambiente marítimo e com os procedimentos de bordo.

Assista ao vídeo:

youtube[https://www.youtube.com/embed/CZPuligdV34?rel=0&]

. . .

Fonte: Agência Marinha

Autor

  • Jornalista especializado em Defesa e Segurança (MTB 37358/RJ), veterano militar e ex-integrante de unidades especiais, com sólida atuação na cobertura de atividades das Forças Armadas brasileiras. Possui formação complementar em Estágios de Correspondente para Assuntos Militares, realizados pelo Exército Brasileiro em diferentes biomas, além de capacitações no COPPAZNAV (Marinha do Brasil) e no CCOPAB (Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil), voltadas à cobertura em áreas de conflito. Atualmente aplica seus conhecimentos técnicos na produção de conteúdos jornalísticos realistas e acessíveis sobre o ambiente operacional das tropas, contribuindo para a valorização e compreensão da importância das Forças Armadas pelo público civil. Em 2011, deixou os registros de lado para atuar diretamente no desastre da Região Serrana do RJ, realizando mapeamentos e coordenando informações em áreas isoladas, o que lhe rendeu uma Moção de Reconhecimento da Câmara de Vereadores de Sumidouro-RJ. Diretor de Conteúdo Audiovisual da Defesa TV e Defesa em Foco, é responsável por reportagens e documentários que aproximam a sociedade dos bastidores da Defesa Nacional.

    Ver todos os posts

Popular

Últimas Postagens
matérias

“Senhores do Fim do Mundo?” – A Verdade por Trás dos Preppers e o Estigma da Preparação

Em tempos de incerteza, cresce a busca por segurança,...

ESTRATÉGIA CRÍTICA NA ERA DA DIGITALIZAÇÃO INDUSTRIAL

Autor: Pedro Henrique Costa Gomes Instituto de Defesa Cibernética Resumo: A crescente digitalização...