Sargentos Técnicos Temporários agregam valor à Força Terrestre

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Brasília (DF) — Ao longo dos anos, os Sargentos Técnicos Temporários (STT) vêm somando esforços no dia a dia do Exército Brasileiro, contribuindo para as atividades da Instituição em diversas áreas técnicas e administrativas. São profissionais que ingressam no serviço ativo por meio de processo seletivo, servem em organizações militares por até oito anos e colaboram para a operacionalidade da Força, com seu conhecimento técnico e vivência profissional.

O STT é selecionado para suprir atividades específicas do Exército, principalmente em áreas que exigem conhecimento técnico. Esse apoio técnico é observado nas variadas vertentes da Engenharia, Tecnologia da Informação, Saúde, Manutenção de Equipamentos, Logística e Administração, dentre outras especialidades. Como a permanência desses militares na Força é temporária, o Exército mantém um fluxo contínuo de profissionais atualizados com as mais recentes inovações tecnológicas e práticas de mercado.

Os Sargentos Técnicos Temporários tomam parte não apenas das atividades-meio, mas também de atividades operacionais e de auxílio à população, como atuação em ações emergenciais, em projetos de apoio ao desenvolvimento nacional e suporte logístico em grandes eventos com participação do Exército. Esses profissionais contribuem diretamente para a manutenção e modernização da estrutura do Exército, garantindo que a Instituição esteja sempre preparada para responder às demandas do País.

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Formação

Após o processo de seleção, os STT recebem instrução militar no Estágio Básico de Sargento Técnico (EBST), em várias partes do Brasil.

Em Curitiba, está ocorrendo mais uma edição do EBST. Cerca de 70 novos Sargentos Temporários realizam a atividade no 5º Batalhão Logístico. Eles se inscreveram do processo seletivo lançado em junho do ano passado e foram convocados para incorporação em 1º de fevereiro de 2025.

Os estagiários são oriundos do meio civil e precisam aprender todas as peculiaridades da vida na caserna. São instruções de manejo de armas, ordem unida com fuzil, sinais de respeito e continência, entre outros conhecimentos que normalmente ficam restritos aos quartéis.

Lidia Dias Ribeiro, 39 anos, apostou no processo seletivo para mudar de vida e de cidade. Ela vivia em Brasília e trabalhava em uma empresa terceirizada que prestava serviço para a Defensoria Pública da União. “É uma experiência única, os instrutores são maravilhosos, dão toda a estrutura que a gente precisa nessa adaptação nossa do mundo civil para o militar. Minha expectativa agora é só crescer”, afirma a técnica em Recursos Humanos. A agora Sargento Ribeiro, nome de guerra que Lidia escolheu, já está procurando casa para trazer a família que ficou na capital federal – a filha de 17 anos, a mãe e um sobrinho.

Foto: Exército Brasileiro

Entre os estagiários, há também alguns com uma experiência prévia no mundo militar. Giuliana Mello Mencalha, 27 anos, é filha de militares e sempre teve o desejo de conciliar a paixão pela arquitetura e a carreira militar. De olho no edital de seleção, Giuliana fez uma preparação focada. “Me especializei em Arquitetura e Design de Interiores, com todos os requisitos que o Exército precisava para a função de projetista. Sempre tive esse propósito”, conta Giuliana.

Jessé Barbosa de Oliveira, 22 anos, também se preparou com vistas a se tornar 3º Sargento. Ele entrou como soldado recruta e estava servindo no 5º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (5º GAC AP) desde 2021. Dentro do Exército, ele fez curso técnico em informática, foi selecionado e agora vai servir na Base de Administração e Apoio da 5ª Região Militar como 3º Sargento. “Meu objetivo é me formar um Sargento de alto padrão e poder servir com profissionalismo dentro da minha área de atuação”, disse Jessé.

Para o Comandante do 5º Batalhão Logístico, Major Joelson Suzena Rosa, é um orgulho apoiar as organizações militares da guarnição de Curitiba na formação dos Sargentos Temporários. Segundo o Major, o EBST é uma formação diferenciada, pois tem um público-alvo de idade maior e com mais maturidade. “O Sargento terá sob sua responsabilidade Cabos e Soldados que ele terá que liderar. A passagem de valores, procedimentos, hierarquia e disciplina e principalmente a liderança é muito importante nas instruções”, afirma o Comandante.

Entre os estagiários, estão técnicos em administração, nutrição, meio ambiente e enfermagem, entre outras especialidades. A previsão é que o EBST finalize em 22 de março, quando os futuros sargentos vão assumir as funções nas organizações militares para onde foram designados, na guarnição de Curitiba.

Fonte: Exército Brasileiro

Autor

  • Jornalista especializado em Defesa e Segurança (MTB 37358/RJ), veterano militar e ex-integrante de unidades especiais, com sólida atuação na cobertura de atividades das Forças Armadas brasileiras. Possui formação complementar em Estágios de Correspondente para Assuntos Militares, realizados pelo Exército Brasileiro em diferentes biomas, além de capacitações no COPPAZNAV (Marinha do Brasil) e no CCOPAB (Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil), voltadas à cobertura em áreas de conflito. Atualmente aplica seus conhecimentos técnicos na produção de conteúdos jornalísticos realistas e acessíveis sobre o ambiente operacional das tropas, contribuindo para a valorização e compreensão da importância das Forças Armadas pelo público civil. Em 2011, deixou os registros de lado para atuar diretamente no desastre da Região Serrana do RJ, realizando mapeamentos e coordenando informações em áreas isoladas, o que lhe rendeu uma Moção de Reconhecimento da Câmara de Vereadores de Sumidouro-RJ. Diretor de Conteúdo Audiovisual da Defesa TV e Defesa em Foco, é responsável por reportagens e documentários que aproximam a sociedade dos bastidores da Defesa Nacional.

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