Eletronuclear e CNEN asseguram que a situação está sob controle, mas monitoramento segue intenso
No dia 25 de dezembro de 2024, um vazamento na tampa do reator da Usina Nuclear Angra 2 foi detectado, gerando preocupações entre especialistas e trabalhadores do setor. No entanto, a Eletronuclear e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) garantem que a situação está sob controle e que não há risco para a população ou o meio ambiente.
A informação foi inicialmente divulgada com tons alarmistas por alguns veículos de imprensa, sugerindo falta de transparência e até risco à segurança nuclear. Porém, a Eletronuclear refutou essas alegações e esclareceu os detalhes do incidente.
O que aconteceu?
De acordo com a Eletronuclear, o vazamento ocorreu na tampa do reator, especificamente no primeiro dos dois selos de vedação. No entanto, apenas um selo já seria suficiente para manter a contenção da água pressurizada, e o segundo selo permaneceu intacto.
A quantidade vazada foi considerada mínima (menos de 1 litro por dia) e coletada por um sistema interno, sem qualquer liberação para o ambiente externo. A usina segue operando normalmente, sem necessidade de desligamento emergencial.
Monitoramento contínuo
Desde a detecção do vazamento, inspetores da CNEN – que atuam 24 horas na usina – acompanham a situação. Segundo a comissão, o evento não compromete a segurança da operação e está dentro dos critérios normais de funcionamento.
Casos semelhantes já ocorreram anteriormente em usinas pelo mundo e até mesmo em Angra 2, em 2010, sem qualquer impacto significativo.
Resposta da Eletronuclear
A empresa negou qualquer tentativa de esconder informações e garantiu que sempre age de acordo com as diretrizes de segurança e transparência. A decisão de não interromper a operação da usina foi tomada com base em estudos técnicos que comprovam a segurança do funcionamento da planta.
“A segurança da usina não foi comprometida. Temos protocolos rígidos e seguimos todas as normas internacionais para garantir a proteção tanto dos trabalhadores quanto da população e do meio ambiente”, afirmou a Eletronuclear em nota oficial.
A usina corre risco de acidente?
Especialistas afirmam que, dentro dos padrões técnicos do setor nuclear, o vazamento identificado não representa risco iminente. A principal preocupação em eventos desse tipo seria a contaminação ambiental, o que, segundo a Eletronuclear e a CNEN, não ocorreu neste caso.
Ainda assim, o monitoramento segue reforçado para garantir que a situação permaneça estável até a próxima manutenção programada.
Conclusão
Apesar da repercussão inicial e do tom alarmante de algumas reportagens, não há indícios de que o vazamento em Angra 2 represente um risco grave. O caso segue acompanhado pelas autoridades competentes, e novas atualizações devem ser divulgadas conforme o monitoramento avançar.
A segurança nuclear continua sendo um tema de extrema importância, e a transparência das informações é essencial para garantir a confiança da população no setor energético brasileiro.
Fontes:
Editorial Defesa TV
