Neste 5 de junho, o Exército Brasileiro reafirma sua vocação ambientalista, marcada por um histórico centenário de ações de proteção da natureza, gestão sustentável e atuação estratégica em todos os biomas do país. Com mais de 24 mil km² sob sua responsabilidade, a Força Terrestre mostra que preservar o meio ambiente é também defender a Nação.
Tradição ambiental militar: raízes históricas que sustentam o presente
O compromisso do Exército Brasileiro com a preservação ambiental não é novo. Remonta ao século XIX, quando figuras como o Tenente-General Carlos Antônio Napion e o Major Manuel Gomes Archer realizaram ações pioneiras que ainda reverberam, como a criação do Real Jardim Botânico e o reflorestamento da Floresta da Tijuca — hoje a maior floresta urbana do mundo.

Desde então, a cultura ambientalista militar foi se estruturando com medidas como:
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Proibição do corte de árvores em áreas de instrução;
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Rodízio de uso de terrenos para minimizar impactos ecológicos;
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Incorporação de princípios de sustentabilidade nos regulamentos internos.
DPIMA: coordenação ambiental em escala nacional
A Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente (DPIMA) é o órgão central de gestão ambiental do Exército. Hoje, são:
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125 unidades de conservação militar;
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24 mil km² de área administrada (equivalente ao território da Bélgica);
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Mais de 70 especialistas ambientais, entre mestres e doutores.
A atuação da DPIMA abrange desde zonas urbanas até áreas remotas da Amazônia, promovendo boas práticas ambientais, uso racional de recursos e inovações sustentáveis dentro da estrutura militar.
Sustentabilidade em ação: resultados concretos

O Exército desenvolve e executa uma série de projetos ambientais estruturantes, como:
- Reuso de água – Em funcionamento em 30 organizações militares, reduz significativamente o consumo hídrico;
- Energia limpa – Com a meta de suprir 25% da demanda energética com energia solar até 2030, usinas fotovoltaicas já estão em operação em diversas unidades;
- Educação ambiental – Mais de 16 mil militares capacitados por meio de cursos e workshops;
- Coleta seletiva cidadã – Cerca de 500 toneladas de recicláveis destinados a cooperativas;
- Tratamento de esgoto – Sistemas de ETE (Estação de Tratamento de Efluentes) operando em bases estratégicas.
Essas iniciativas mostram que a sustentabilidade é parte integrante da rotina da Força, incorporada à lógica de comando e à administração de recursos públicos com responsabilidade.
Preservação na linha de frente: Amazônia sob proteção militar
Com cerca de 20 mil militares atuando na região amazônica, o Exército desempenha papel vital na defesa ambiental e da soberania. São mais de 60 organizações militares e 23 Pelotões Especiais de Fronteira operando em regiões remotas e estratégicas, como o Vale do Javari, Yanomami e Alto Rio Negro.
A atuação inclui:
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Combate à mineração ilegal
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Enfrentamento à biopirataria
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Proteção de reservas ambientais e territórios indígenas
Na Operação Catrimani II, por exemplo, foram desativados mais de 700 hectares de garimpos ilegais e reduzida em 96% a abertura de novos campos de exploração até o início de 2025 — uma conquista concreta da presença estatal na floresta.
Compromisso contínuo: proteger o meio ambiente é defender o Brasil

Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, o Exército Brasileiro reitera seu comprometimento diário com a preservação do patrimônio natural nacional. A atuação verde da Força Terrestre é coerente com sua missão constitucional de defender o território e o povo brasileiro — mas também inclui a defesa dos recursos naturais, dos biomas, da biodiversidade e das gerações futuras.
Ao aliar preparo militar de excelência com consciência socioambiental, o Exército mostra que a segurança nacional começa com um território saudável e protegido.
Editorial Defesa TV