Motivação
Não há mais dúvidas sobre a necessidade das empreas investirem em segurança, pois empresas de todos os portes enfrentam o desafio de proteger seus ativos digitais com eficiência, agilidade e mantendo a competividade de seus produtos. Cresce a adesão ao modelo de Segurança como Serviço (CaaS, na sigla em inglês). Alternativa que permite terceirizar a cibersegurança para provedores especializados, sem a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura ou equipes próprias. O modelo de Cybersecurity as a Service (CSaaS), oferece acesso a soluções como monitoramento contínuo, resposta a incidentes, análise de vulnerabilidades, firewall gerenciado e segurança de endpoint sob demanda, normalmente via nuvem.
Vantagens da Segurança como Serviço
Segundo a Clavis Segurança da Informação, a principal vantagem da CaaS está no acesso imediato a expertise altamente qualificada. Em vez de formar e manter uma equipe interna cara e difícil de construir, a empresa pode contratar serviços que já incluem profissionais especializados, ferramentas atualizadas e processos maduros de segurança (Clavis, 2023).
O Portal ERP complementa ao destacar a redução de custos como outro diferencial importante. Com a terceirização, os gastos são convertidos em despesas operacionais previsíveis, eliminando investimentos pesados em hardware, licenças e treinamentos (Portal ERP, 2023).
Já a Teletex enfatiza que, com a CaaS, empresas ganham flexibilidade e escalabilidade, podendo ampliar ou reduzir os serviços conforme a demanda — o que é especialmente útil para pequenas e médias empresas que precisam de soluções ágeis para acompanhar seu crescimento (Teletex, 2023).
Desafios e Riscos da Terceirização da Segurança
Apesar das vantagens, a adoção de CaaS não está isenta de riscos e desafios. A Clear IT chama atenção para a necessidade de um relacionamento de confiança com o fornecedor, já que ele terá acesso privilegiado a informações sensíveis da organização. A má escolha do parceiro pode expor a empresa a vazamentos, falhas de conformidade ou ineficiência na resposta a incidentes (Clear IT, 2023).
Outro ponto crítico é a perda de visibilidade e controle, especialmente em ambientes regulados. A ausência de integração com a governança de TI interna pode dificultar auditorias, monitoramento de SLAs e alinhamento com políticas corporativas.
Além disso, o modelo requer contratos bem estruturados, com cláusulas claras sobre responsabilidade, tempo de resposta, confidencialidade e propriedade dos dados — sob risco de lacunas jurídicas em caso de falhas ou incidentes.
Outro ponto a ser destacado é que a contratação de um time CaaS não reduz a necessidade de se construir uma cultura de segurança na empresa, visto que os colaboradores humanos continuarão a ser alvos de meliantes digitais.
Considerações Finais
A Segurança como Serviço se consolida como uma alternativa atraente para empresas que buscam acesso rápido e econômico a soluções avançadas de proteção cibernética. No entanto, seu sucesso depende de uma avaliação criteriosa de riscos, seleção cuidadosa de fornecedores e alinhamento com os objetivos estratégicos da organização.
Um proposta que se mostra interessante seria um modelo híbrido com a presença de um gestor ou equipe de gestão para tratar a segurança com conhecimento e formação adequadas para realizar a fiscalização, gerenciamento e avaliar os resultados alcançados com o CaaS. Esse time poderia, inclusive, fazer o Papel de Encarregado de Proteção de Dados, no caso das PMEs, garantindo a devida conformidade normativa, além de assessorar na construção de uma cultura organizacional de segurança.
Como em qualquer decisão crítica de segurança, não se trata apenas de tecnologia, mas de governança, confiança e planejamento.
Principais Fontes avaliadas
Descubra mais sobre DCiber
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.